E pouco importa que o ibérico já tenha quatro Majors no seu currículo, porque a corrida à lenda ainda agora começou e algo nos diz que o número 1 do mundo fará tudo para reequilibrar a balança e reduzir a atual diferença. A Austrália vai oferecer-lhe, neste sentido, uma oportunidade de ouro. O atual campeão é, naturalmente, o favorito para vencer o Slam que se disputará em janeiro no país dos cangurus, mas seria errado, muito errado, dar por adquirido que triunfará sem qualquer dúvida.
É claro que as chances de isso acontecer são muito altas, especialmente se Sinner, como se espera, continuar a jogar como em 2024, ano em que acumulou 73 vitórias em 79 partidas disputadas. No entanto, há um fator desconhecido que não pode ser tido em conta. Muito menos num momento tão delicado. Porque se é verdade que ele está desesperado para se vingar do espanhol, é igualmente verdade que Alcaraz, por seu lado, também estará movido pelo desejo de desbancar o rival sul-tirolo e voltar a brilhar no topo do ranking da Atp.
Trema Sinner: quantas armadilhas na Austrália
Carlos parece motivado pelas melhores intenções, afinal, às vésperas do primeiro Slam do ano. Tanto assim é que, numa entrevista à sua chegada ao país dos cangurus, deixou escapar algumas declarações que têm um certo sabor de “ameaça ”
O meu ano tem sido um ano de altos e baixos, mas ainda assim positivo, ainda fico entusiasmado quando vejo os vídeos de Paris e Londres. Mas sou uma pessoa muito ambiciosa e quero ganhar o Open da Austrália para completar o Career Grand Slam (é o que se consegue quando se ganha um de cada um dos quatro majors da época, ed.). Quero que 2025 seja ainda mais emocionante, quero mais. Se ganhar, vou tatuar um canguru, mesmo que o meu pai não goste muito. Ser campeão lá é o meu principal objetivo para a próxima época.
Palavras, as dele, que não precisam de interpretação. A mensagem de Carlos para Jannik é clara e inequívoca, e tudo o que resta saber nesta altura é como é que Sinner vai reagir à “afronta” do seu mais amargo rival.
