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Pecador no pelourinho: um passo em falso e estás fora

by Mark

Pecador como Berrettini, ninguém se salva: um passo em falso, apenas um, e está fora de jogo.

Os caracóis definidos a ferro, os óculos pretos, as poses de plástico. Era uma versão decididamente invulgar de Jannik Sinner que, no rescaldo da sua vitória no Masters 1000 de Miami, tinha regressado à Europa para assumir o papel de marinheiro 2.0 e posar para uma sessão fotográfica. As imagens rapidamente circularam na Internet, provocando, em muitos casos, a hilaridade das pessoas nas redes sociais.

Porque, sejamos francos, não estamos habituados a vê-lo com esta aparência estranha. Blue é o melhor desportista e é estranho vê-lo a usar roupas e acessórios de marca, em vez dos habituais calções e bonés com o logótipo da Nike. Mas isso não quer dizer que não gostemos do jogador natural de San Candido, vestido de Gucci e como um perfeito cavalheiro. Muito pelo contrário. Mas nem toda a gente gosta dele, de tal forma que, nas últimas horas, uma nova e inesperada polémica se instalou nas redes sociais.

Uma polémica tardia, aliás, uma vez que já passaram várias semanas desde que Sinner, em versão modelo, posou para essa sessão fotográfica. A revista Chi, no entanto, tirou o pó a uma das fotografias tiradas nessa ocasião, dizendo que a sessão fotográfica foi enquadrada pela Ligúria e que foi preciso um momento para que os habitantes locais se apercebessem de que se tratava do campeão do momento. Moral da história: a zona teve de ser isolada, para evitar que Jannik fosse agredido.

Pecador como Berrettini: uma foto é suficiente

Mas não é essa a questão. As revelações de Chi sobre o que aconteceu nesse dia foram ofuscadas, feio, pelas críticas desagradáveis dos utilizadores que se depararam com este post no Instagram. E que mostram que, nalguns casos, basta um passo em falso para ser cortado do círculo dos campeões.

“Mas ele não se desinteressava por tudo o que não se chamasse desporto?”, pergunta um utilizador, evidentemente convencido de que um jogador de ténis não deve fazer mais nada senão jogar ténis. Ele fez todo aquele alarido por ir a San Remo e depois faz todos estes anúncios!!!”, ecoa outro, igualmente irritado com a “versatilidade” de Sinner. O teor dos comentários, embora com algumas variações no tema, é sempre o mesmo.

Também ele caiu na rede da publicidade”, “Acabam todos na mesma”, etc. Foi criticado por se ter atrevido a aceitar um contrato de patrocínio e por se ter “distraído” durante algumas horas da sua extraordinária ascensão ao topo do ranking da Atp. Tal como aconteceu a Matteo Berrettini e como, provavelmente, acontecerá a todos os desportistas que, tal como ele, entre um forehand e outro, decidam – legitimamente – fazer alguns pontos.

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