Novak Djokovic, tudo acabado: a declaração do campeão sérvio que deixou os fãs estupefactos. “Algo mudou”.
Quando nos apercebemos de que a idade avança inexoravelmente, começamos a estabelecer prioridades. Uma “regra” que também se aplica aos desportistas: no final de uma carreira – especialmente uma repleta de sucessos – começa-se normalmente a fazer alguns cálculos. Como, por exemplo, reduzir o número de jogos a disputar num ano.
Um discurso que se aplica a qualquer desporto, mas especialmente aos desportos individuais, que são geralmente mais extenuantes. O ténis é um deles: é o caso de Rafa Nadal, que depois de ter jogado muito pouco nas duas últimas épocas devido a lesões, decidiu este ano regressar exclusivamente à época vermelha. Os principais objectivos do campeão de Maiorca eram Roland Garros e os Jogos Olímpicos, ambos agendados para o tijolo picado de Paris. E Novak Djokovic, o seu grande rival, poderá segui-lo em breve: o sérvio, 24 vezes campeão do Slam, fez recentemente 37 anos e, pela primeira vez desde 2017, terminará a época sem sequer um Major no seu armário de troféus. O natural de Belgrado, no entanto, não faz dramas. O seu único objetivo em 2024 era a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, que ao longo dos anos se tornou quase uma obsessão. E conseguiu-o, derrotando o jovem fenómeno Alcaraz, em julho passado, na final do metal mais precioso.
Novak Djokovic, tudo em cima: prioridade ao Slam e à Taça Davis
E agora? Veremos um Djokovic mais realizado e menos combativo daqui para a frente? De certeza que não, mas é provável que em 2025 só o possamos admirar nos Slams e na Taça Davis
Pelo menos é o que se depreende das suas palavras, proferidas numa entrevista recente e também noticiadas pelo Tennis World Italia. “Não estou a perseguir as Finais do Atp, não estou a perseguir os rankings”, explicou Djokovic. ”No que me diz respeito, já não tenho esses torneios na minha carreira. As minhas principais prioridades são jogar pela minha seleção nacional e os Slams. Já ganhei tudo, tenho 37 anos, é inevitável que algo tenha mudado”. Então, nada de Masters 1000. Nem a final de Turim. Neste momento, além disso, o sérvio estaria fora do top 8 da Corrida, o ranking especial que tem em conta os pontos obtidos durante a época e que coloca em jogo os passes para participar no torneio Masters, que se realiza na capital piemontesa desde 2021. Durante a referida entrevista, Djokovic admitiu ainda que o único torneio oficial em que poderá participar nos próximos meses é o de Xangai, na China.