Fabio Fognini não se conteve, fê-lo à frente de toda a gente: um golpe público, que ainda não ultrapassou.
Perdeu tudo. Vestir a camisola da Azzurra, honrá-la, fazer-lhe justiça. Cantar o hino com os colegas de equipa, ouvir o público gritar o seu nome a plenos pulmões. E, mais uma vez, os coros das claques, a pressão nos momentos-chave, a ansiedade do match point, etc. Acreditamos bem, em suma, que Matteo Berrettini está muito feliz por estar finalmente de volta ao court para a Taça Davis.
O regresso à data do ano passado não deve ter sido fácil para ele, um homem de equipa digno desse nome, loucamente apaixonado pela seleção nacional de ténis e pelo ambiente que caracteriza eventos como este. É por isso que, neste momento, quase parece que está a tocar o céu com um dedo. E também porque fez tudo o que estava ao seu alcance, em Bolonha, para contribuir para a causa e fazer a sua parte para um bis.
Para um campeão que se regozija, há outro, no entanto, que pelo segundo ano consecutivo se mantém à margem. Estamos a falar de Fabio Fognini, que em 2023, tal como o seu amigo e colega de Roma, não pôde contribuir ativamente para a proeza que Jannik Sinner e o resto da tripulação então conseguiram, vencendo a competição e trazendo de volta a Itália a saladeira que há tanto tempo faltava nestas latitudes.
Fognini não esquece: o seu comentário a Berrettini é lapidar
A exclusão do tenista de Arma di Taggia da lista de jogadores convocados levantou, como se recorda, não poucas polémicas. O jogador de Sanremo tinha polemizado, de forma não muito velada, contra a decisão do capitão Filippo Volandri, que tinha ficado magoado com a forma como tinha sido expulso após anos de serviço honroso com a camisola da Azzurra.
Uma dor que ainda não desapareceu, evidentemente, dado o que Fognini escreveu no final de um post publicado na passada terça-feira por Berrettini. O romano publicou algumas fotos da sua primeira vitória na Davis no Instagram, acompanhando-as com uma legenda: ‘Como senti falta disto!
“Estás a dizer-me…”, fez eco Fognini, cujo comentário, entre muitos outros, não passou de todo despercebido. Até porque estas quatro palavras resumem bem a desilusão que sentiu, a tristeza que aparentemente ainda sente com a ideia de já não poder jogar pela Italtennis.