Espanha x Inglaterra, o aguardado epílogo do Campeonato da Europa da Alemanha, tem lugar no Olympiastadion de Berlim: o título de melhor marcador também está em jogo.
Estará o futebol pronto para regressar a casa? Três anos após a grande desilusão de Wembley, a mesma questão volta a colocar-se, embora desta vez os adeptos ingleses, por uma questão puramente supersticiosa, tenham tentado entoar o menos possível a infame melodia “Football is coming home”.
Se, no Euro 2020, foi a Itália que impediu o regresso da taça Henri Delaunay ao país dos inventores do jogo, desta vez a brilhante Espanha de Luis De La Fuente (mas sobretudo os jovens talentos Yamal e Williams) vai tentar. A Roja foi a única a entreter e a propor algo interessante num Campeonato da Europa em que os bons jogos se contam pelos dedos de uma mão. E em que muitos dos supostos “grandes” desiludiram em termos de jogo (ver França). A Espanha, por outro lado, mostrou-se super organizada desde o primeiro jogo.
Morata e os seus companheiros mostraram imediatamente que tinham ideias claras, desenvolvendo planos – já não apenas a posse de bola – que realçavam o imenso talento dos seus jogadores, através da pressão e da verticalização. Uma mistura letal para qualquer equipa que as Fúrias Vermelhas encontrassem no seu caminho.
Primeiro, a Croácia e a Itália, no grupo, foram as vítimas. Depois, a caloira Geórgia nos oitavos de final e, finalmente, a Alemanha e a França nos quartos e meias-finais, respetivamente. O mesmo não se pode dizer dos ingleses, que chegaram ao último ato em Berlim sobretudo graças à sua individualidade. A seleção dos Três Leões, sem encantar, apoiou-se sempre em individualidades (Bellingham, Kane) para se safar de problemas. Nos oitavos de final, contra a Eslováquia, foram salvos a 40 segundos do fim, contra a Suíça, nos quartos de final, venceram nos penáltis, e contra a Holanda, nas meias-finais, completaram a reviravolta nos 90 minutos, graças a um golo do avançado suplente Watkins.
Ruiz tem números de avançado
Foi, sem dúvida, a estrela europeia Yamal, mas entre os jogadores mais cruciais da Espanha estava o ex-Napoli Fabian Ruiz. Excecional, tanto com a bola nos pés como sem ela.
O médio do PSG marcou dois golos e rematou 15 vezes à baliza adversária, incluindo nove de fora da área. Números do atacante. Os remates de longe são um dos calcanhares de Aquiles do guarda-redes inglês Pickford.
E é por isso que apontamos Ruiz como um possível goleador na final de Berlim. Para além dele, é também obrigatório gastar uma ficha em Harry Kane, que já escolhemos nas odds antepost como o potencial melhor marcador deste Campeonato da Europa. O jogador do Bayern de Munique ainda está na corrida para se tornar um.
O antigo jogador do Tottenham tem vindo a crescer jogo após jogo e o selecionador Southgate vai voltar a contar com o seu instinto matador para furar a defesa ibérica. Em termos de assistências, é impossível não considerar Yamal, que registou três até agora, criando inúmeras oportunidades. Esperamos também pelo menos dois remates à baliza de Dani Olmo, outro avançado de peso (3 golos até ao momento), e de Foden, que beneficia da nova forma de Southgate. Atenção também a Nico Williams, que é muito perigoso com os seus dribles pela esquerda, e ao defesa Stones, que pode marcar de cabeça em lances de bola parada. Dois nomes de cada lado relativamente aos possíveis amarelos acenados pelo árbitro Letexier: Cucurella e Le Normand (Espanha) e Bellingham e Shaw (Inglaterra), embora este último esteja na corrida com Trippier.
Comparação de acções
Ruiz goleador Plus está cotado a 6,25 na Goldbet e na Lottomatica e a 8,50 na Snai. Foden com pelo menos dois remates à baliza Plus está cotado a 4.05 na Goldbet, Lottomatica e 5.00 na Snai.
