Para Matteo Berrettini, a última palavra ainda não foi dita: a agitação está ao virar da esquina, tudo pode mudar a partir de agora.
Observa-os a todos, do primeiro ao último, com extrema atenção. Examinou os seus golpes e a sua linguagem corporal, a sua cabeça e o seu nível de concentração. Até chegar, então, à decisão final. Que, na verdade, não é definitiva. Passará tanto tempo entre a convocatória e o início da fase de grupos da Taça Davis que tudo pode mudar.
O facto é que, pelo menos para já, são estes os atletas que o capitão da seleção nacional Filippo Volandri convocou para o importantíssimo encontro de meados de setembro. Para vestir a camisola azul, primeiro contra o Brasil, depois contra a Bélgica e finalmente contra a Holanda, estarão Jannik Sinner, Lorenzo Musetti, Luciano Darderi, Andrea Vavassori e Simone Bolelli. Dois são os grandes ausentes, se não contarmos com Fabio Fognini, já “torpedeado” no ano passado.
Nem Matteo Berrettini nem Lorenzo Sonego estarão presentes, embora tenha sido a não convocação do primeiro que mais chocou os tenistas. O romano, o homem de equipa por excelência, é atirado pela porta fora para dar lugar a Darderi, que está a jogar muito bem, mas que só agora surgiu? Não, os adeptos da Azzurra não se conformam. E não fizeram segredo disso, de facto. Têm-se queixado nos fóruns, expressando a sua desilusão:
Berrettini, nem tudo está perdido
Mas há uma coisa. Precisamente à luz do que observámos anteriormente, ou seja, que em dois meses várias coisas podem mudar, a última palavra ainda não foi dita. Pelo menos, não para Berrettini.
Aumentando as esperanças dos adeptos quanto à presença do martelo romano em Casalecchio di Reno, foi o próprio Volandri que, nas entrelinhas, disse muita coisa. “As regras da ITF prevêem que as convocatórias sejam feitas um mês e meio antes do evento, mas precisamente por causa da janela de tempo que nos separa dos desafios de Bolonha, e tendo em conta o facto de que pelo meio haverá os Jogos Olímpicos, dois Masters 1000 e um torneio Slam, é impossível dar-lhes um valor concreto.
Será importante avaliar o estado de forma dos rapazes durante o próximo mês, que será o critério fundamental para escolher a melhor equipa para representar a nossa seleção”, acrescentou, especificando que a escolha dos tenistas a convocar se baseia única e exclusivamente no ranking. Em suma, nem tudo está perdido. Sobretudo se Matteo, como se espera, se sair bem no betão na viagem à América do Norte.