SPAGNA – COSTA RICA | Quarta-feira 17:00
No Grupo E, a margem de erro é muito pequena de facto para as duas selecções que, pelo menos no papel, não devem ter problemas em assegurar um dos dois primeiros lugares e voar para a ronda dos 16. Estamos a falar de Espanha e da Alemanha, dois potenciais protagonistas deste Campeonato do Mundo, que já se vão encontrar na fase de grupos. Foi assim que o sorteio o quis, com a boa vontade da Costa Rica e do Japão, que precisarão de um verdadeiro feito para não saírem do Qatar após os três primeiros jogos. Há muitas expectativas sobre a Roja de Luis Enrique, é inútil escondê-la. O antigo treinador dos Roma e do Barcelona teve de começar quase do zero, uma vez que o ciclo dourado que há uma década tinha conduzido a selecção ibérica aos telhados da Europa (2008 e 2012) e do mundo (2010) tinha terminado.
Sem perder a identidade de uma selecção que fez dos dribles e do belo jogo uma das suas marcas e sobre a qual construiu as suas vitórias, iniciou uma nova temporada, não tendo medo de apostar na juventude. Já há um ano e meio durante o Campeonato Europeu itinerante, lançou vários talentos (Gavi, Pedri) que se tornaram agora pilares, tanto dos clubes como da própria Roja. Ao mesmo tempo, Luis Enrique não abandonou os veteranos: Morata, Jordi Alba e Busquets também fazem parte da expedição do Qatar. A Espanha sempre chegou ao fundo nas competições mais recentes: no Euro 2020 chegaram às semifinais (renderam-se à Itália nos penalties); melhor ainda nas duas últimas Ligas das Nações, chegando à final com a França e obtendo um passe para as Quatro Finais na edição que terminará em Junho próximo.
La Roja também não decepcionou no amistoso da última quinta-feira contra a Jordânia, ganhando por 3-1. No seu jogo de estreia, enfrentarão uma selecção que, desde a histórica edição de 2014 – aquela em que eliminaram de surpresa a Itália de Prandelli, chegando até às quartas-de-final – tem sido um jogo permanente no Campeonato do Mundo, na Costa Rica. Mesmo no Qatar, os centro-americanos de Luis Suarez estão a contar com vários protagonistas dessa sensacional viagem. Um deles é o guarda-redes Psg Keylor Navas. Pouco antes de partir para o Médio Oriente, a Costa Rica venceu a Nigéria por 2-0 num amigável.
Espanha-Costa Rica: as últimas notícias da linha
Luis Enrique, como muitos outros seleccionadores, teve de lidar com lesões de última hora. O lateral Gayà foi ferido e foi prontamente substituído por Alejandro Balde, de 19 anos, de Barcelona. Há poucas dúvidas, contudo, sobre a escalação que irá entrar em campo contra a Costa Rica. Gavi e Pedri irão preencher o papel de meias costas dos lados dos Busquets experientes, o seu parceiro em Barcelona. No ataque, por outro lado, deverão ser Ferran Torres e Ansu Fati, dois outros jogadores blaugrana, que apoiarão o antigo jogador da Juventus Morata. A única votação é em defesa, onde Carvajal e Azpilicueta competem por uma camisa.
Suarez, o seleccionador da Costa Rica, é susceptível de adoptar um 4-3-3 que se torna 4-5-1 na fase de não-posessão. À frente da defesa estarão os dois laterais centrais Calvo e Duarte, enquanto no flanco esquerdo haverá espaço para Campbell, que também já jogou para Frosinone em Itália. No banco estará Bryan Ruiz, de 37 anos, que castigou a Azzurri há oito anos.
A Predição
Costa Rica pode não ser a equipa de 2014, mas continua a ser um adversário muito desconfortável que pode incomodar os dribladores espanhóis. La Roja continua a ser a favorita para os três pontos mas é pouco provável que ganhe por muitos golos, considerando a atitude ultra-defensiva dos Ticos, que terão como objectivo fechar todos os espaços. O número total de objectivos na primeira metade será provavelmente inferior a dois.
As prováveis escalas para Espanha v Costa Rica
- ESPANHA (4-3-3): Unai Simon; Dani Carvajal, Laporte, Pau Torres, Jordi Alba; Pedri, Busquets, Gavi; Ferran Torres, Morata, Ansu Fati.
- COSTA RICA (4-3-3): Navas; C. Martinez, Calvo, Duarte, Oviedo; Tejeda, Bennette, G. Torres; Borges, Contreras, Campbell.
RESULTADO POSSÍVEL: 1-0