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Fognini deu cabo dele: impossível de esquecer

by Henry

Fognini não teve piedade: literalmente massacrou-o.

Alguns excertos circularam na Internet, carregados de emoção. Mas, de um modo geral, não há uma única passagem da carta de amor de Matteo Berrettini ao ténis que não tenha comovido os utilizadores que a encontraram. A Atp Tour achou-a tão bonita que editou um vídeo, com as suas palavras em fundo, e divulgou-o nas redes sociais.
Estas linhas, escritas pelo seu próprio punho e com o coração, resumem perfeitamente os sentimentos, muitas vezes contraditórios, mas ainda assim puros e genuínos, que um jogador sente em relação ao desporto ao qual sacrificou a sua existência. No interior do gigante romano estão todos os seus sonhos, o sofrimento que sentiu quando as lesões o obrigaram a afastar-se desse mundo. Há esperanças para o futuro e há também todas as lições que ele diz ter aprendido com este desporto único.

E há também, para ser sincero, uma passagem que deixou toda a gente boquiaberta, quanto mais não seja porque mostra como certos jogos, mais do que outros, ficam gravados na mente dos jogadores para toda a vida. Uma passagem que nos faz sorrir hoje, mas que deve ter sido, de alguma forma, um divisor de águas na carreira de Berrettini, se Matteo pretendia referir-se a ela na sua bela carta de amor.

Berrettini não se esquece: até o pôs no papel.

Depois de contar como nasceu a sua paixão pelo ténis – nomeadamente dentro das paredes da sua casa, quando fingia ser Federer e o seu irmão Jacopo Djokovic – o gigante romano tirou da cartola uma recordação agridoce.

“Em 2017, em Roma, no meu torneio em casa – esta é a passagem em questão – perdi muito com o Fognini, ele massacrou-me. Naquela ocasião, bateu-me com força, mas ao mesmo tempo senti muitas emoções e grandes sentimentos que queria reviver. O resto é história. Foi na primeira ronda da Internazionali d’Italia, há sete anos, que o tenista de Arma di Taggia, na altura muito mais experiente e popular do que Matteo, se viu confrontado com o então número 1 do mundo, Andy Murray.

Passaram quase duas décadas desde esse dia, mas é bom que Berrettini ainda se lembre das sensações desse jogo. Porque tanto as derrotas como as vitórias contribuíram, é certo, para fazer dele o campeão que é hoje.

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