França-Bélgica, duas das selecções mais aguardadas, que desiludiram na fase de grupos, defrontam-se nos oitavos de final.
Já nos oitavos de final, duas selecções, a França e a Bélgica, que podiam (e deviam) ter-se defrontado mais à frente, defrontam-se. A equipa de Didier Deschamps teve de se contentar com o segundo lugar, ultrapassada pela surpreendente Áustria de Ralf Rangnick na última jornada, enquanto os Diabos Vermelhos apenas conseguiram quatro pontos num grupo que se esperava que dominassem.
A seleção treinada por Domenico Tedesco tem de “agradecer” a diferença de golos (dois marcados e um sofrido), em virtude da qual terminou à frente da Eslováquia e da Ucrânia, mas atrás da Roménia, num grupo muito equilibrado, em que os quatro terminaram em igualdade de pontos. O triunfo, o único, obtido contra os romenos na segunda jornada (2-0 Tielemans e De Bruyne) foi crucial. Quanto aos restantes, uma derrota inesperada contra a Eslováquia no jogo de abertura e um empate em branco com a Ucrânia. A França conquistou mais um ponto, mas de uma equipa tão cheia de talento e qualidade, era de esperar um desempenho diferente. Os transalpinos nunca convenceram em termos de jogo e, mais surpreendente ainda, só marcaram dois golos, um na própria baliza e outro de grande penalidade.
França-Bélgica, jogando pelo seguro com Mbappé e Griezmann
Na fase a eliminar, é preciso mudar de ritmo. O mais pequeno erro pode ser fatal. Deschamps vai pedir mais esforço à sua equipa, que aparentemente não pode prescindir de Kylian Mbappé, cuja ausência contra a Polónia – partiu o septo com a Áustria – foi muito sentida
O futuro avançado do Real Madrid pode jogar com uma máscara de proteção e, no último jogo, assumiu imediatamente o protagonismo ao marcar o seu primeiro golo neste Campeonato da Europa. Há boas hipóteses de o repetir contra a Bélgica, já castigada no último jogo anterior (Liga das Nações 2021). A França, para além das suas jogadas, contará também com a experiência de Griezmann, que é sempre muito valiosa neste tipo de jogos: ele e Dembélé serão, de forma semelhante, dois espinhos para os defesas belgas e poderão finalizar em pelo menos duas ou mais ocasiões. Na Bélgica, De Bruyne e Doku parecem bastante inspirados até ao momento, nos quais se pode gastar uma ficha do ponto de vista do atirador. Na verdade, também haveria Lukaku – o antigo jogador do Inter de Milão já teve três golos anulados pelo Var – pronto a colocar Maignan numa situação preocupante. Onana e Vertonghen terão muito trabalho na fase de não posse de bola e correm o risco de levar um amarelo, assim como o francês Tchouaméni.
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