O sul-tirolo deu-lhe uma boa tareia e pode dizer-se que não lhe deu qualquer hipótese. Van de Zandschulp sabia que seria uma batalha contra moinhos de vento, mas há que reconhecer o mérito de ter tentado. E esforçou-se muito. Mas agora já sabe, como toda a gente, que não pode fazer nada contra esta versão deslumbrante do azul.
Precisamente à luz desta consciência, o natural de Wageningen dirigiu palavras bonitas ao seu adversário de San Candido. Acompanhadas, aliás, de uma piada que deixou a sala de imprensa boquiaberta. Quando lhe perguntaram o que é que este jogo lhe tinha ensinado, respondeu da seguinte forma: “Aprendi que já não tenho de jogar em torneios onde o Sinner está presente”.
Sinner, a lição está dada: eis o que ele entendeu
Para além do humor de van de Zandschulp, muito se falou de Jannik e das suas incríveis capacidades durante a conferência de imprensa que se seguiu ao jogo. O holandês revelou, antes de mais, que sentia uma “novidade” no seu jogo em relação à última vez que o tinha defrontado em Melbourne.
Hoje (quarta-feira), quando eu estava a ganhar por 0-40 no primeiro jogo do segundo set, ele ganhou cinco serviços. Mas não notei grande diferença entre a Austrália e aqui. Ele também jogou muito bem nessa altura”.
Quando lhe perguntaram se, na sua opinião, Sinner tinha de facto as capacidades e qualidades necessárias para chegar ao topo do mundo, não hesitou: “Ganhou o Open da Austrália batendo o número um do mundo, por isso sim, acho que pode chegar a número um em breve. Desde outubro”, continuou, “só perdeu um jogo, desde o Open dos Estados Unidos tem tido uma consistência incrível. Ferido no seu orgulho, mas sincero até ao fim.