FRANÇA – DINAMARCA | Sábado 17h
Mais uma vitória e depois a ‘maldição do campeão’ – aquela que, desde 2010, tem visto a equipa detentora da taça ser eliminada na fase de grupos – poderia ser quebrada. A França, apesar de alguns arrepios iniciais, começou com o pé direito no Qatar. Provando, se necessário, que quem quiser levantar o troféu mais cobiçado no próximo 18 de Dezembro sob os céus de Lusail, terá também de contar com isso. No jogo de estreia contra a Austrália, as coisas tinham corrido mal após apenas nove minutos: o golo de Goodwin tinha evocado velhos fantasmas, que foram imediatamente afastados graças a um regresso que foi quase totalmente “italiano”. No sentido em que foram dois a tocar na Série A, Rabiot e Giroud, com a Juventus e AC Milan respectivamente, que tocaram à campainha. A assinatura do Mbappé também fazia parte da retumbante vitória por 4-1: o fenómeno PGS e símbolo desta selecção não podia faltar à ‘festa’.
Sorry Didier Deschamps, que tirou os três primeiros pontos desta fase de grupos, aproveitando a meia falha da Dinamarca – os escandinavos foram retidos num empate 0-0 pela Tunísia – o seu próximo adversário e o mais credível candidato ao primeiro lugar do Grupo D. Em caso de vitória, é claro, os Bleus já estariam certos de jogar nos oitavos-de-final. Para os actuais campeões, era crucial começar com uma vitória, especialmente depois da decepcionante Liga das Nações em Junho e Setembro – na qual, por acaso, a França foi derrotada duas vezes pela Dinamarca – o que levantou algumas dúvidas. A nota discordante da noite foi a lesão, a enésima para a selecção transalpina, de Lucas Hernandez. Também ele terá de dizer adeus ao evento.
Foi um falso começo para o lado de Kasper Hjulmand, que não conseguiram ir além de um empate 0-0 contra a Tunísia e já foram forçados a perseguir. Eriksen e os seus companheiros de equipa enfrentaram o “muro” defensivo erguido pelos norte-africanos, que fizeram bem em não lhes deixar qualquer espaço. Grande parte da responsabilidade, no entanto, cabe ao treinador. As escolhas iniciais não foram convincentes: tentou ajustar o remate na segunda parte com alterações, mas todas elas foram demasiado tarde: o ataque ao golo dos Dahmen revelou-se infrutífero.
France-Denmark: últimas notícias da linha
O jogador de Milão Theo Hernandez tomará o lugar do seu irmão Luca, que foi gravemente lesionado contra a Austrália. Deschamps perde mais peças após as deserções de Nkunku e Benzema, que tiveram de se despedir do Qatar mesmo antes do início do Campeonato do Mundo. No centro da defesa, será a vez de Varane (e não de Konaté) duetar com Upamecano, enquanto no flanco direito Pavard permanece à frente de Koundé. Rabiot, um dos jogadores mais em forma dos Bleus, será confirmado no meio, ao lado de Tchouaméni. Nenhuma alteração no ataque, onde Giroud será assistido por Dembelé, Griezmann e Mbappé.
Hjulmand também tem de contar com o azar: a lesão no joelho de Delaney no Campeonato do Mundo acabou. À esquerda, no tridente de ataque com Skov Olsen e Dolberg – os dois que castigaram a França no último confronto da Liga das Nações – jogarão um velho conhecido da liga italiana como o antigo Doriano Damsgaard.
A previsão
A exibição da força de carácter da França permite ao Deschamps pensar positivamente antes de uma partida crucial. Existem precedentes na Liga das Nações que dão esperança à Dinamarca, mas a motivação num evento como o Campeonato do Mundo será muito diferente. Os dinamarqueses encontrarão mais espaço desta vez do que no jogo contra a Tunísia e deverão marcar pelo menos um golo. No entanto, a França continua a ser favorita num jogo de pelo menos um golo de cada lado.
Sondagens de linha da marca de França
- FRANÇA (4-2-3-1): Lloris; Pavard, Varane, Upamecano, T. Hernandez; Tchouaméni, Rabiot; Dembelé, Griezmann, Mbappé; Giroud.
- DENMARK (3-4-3): Schmeichel; Andersen, Christensen, Kjaer; Kristensen, Hojbjerg, Eriksen, Maehle; Skov Olsen, Dolberg, Damsgaard.
RESULTADO POSSÍVEL: 2-1